Simulador de Amplificadores Para Guitarra.
Alguns anos atrás, em uma Oficina de Pedais, depois que terminei as explanações, trocando ideias (informalmente) com os presentes, falamos sobre inúmeros assuntos pertinentes à música. Captadores, pedais, pedaleiras, plug-ins etc.! Entretanto, recordo de termos falado muito sobre simulador de amplificadores, e minhas últimas palavras foram: “Em alguns poucos anos, os simuladores de amplificadores chegarão a ser confundidos com seus respectivos modelos de amplificadores reais”.
Logic Pro X - Amp Designer
Ainda, simulações de gabinetes, falantes e posicionamento de microfone.
Ainda, simulações de gabinetes, falantes e posicionamento de microfone.
Muitos já usam, através de pedaleiras, Logic Pro X, Guitar Rig, Amplitube, Waves (plug-ins) etc. É algo extremamente comum hoje em dia, porém, percebo que existem guitarristas e produtores, bem como aspirantes a guitarristas que tem muitas dúvidas a respeito de simuladores de amplificadores, e até confundem a real intenção dos simuladores de amplificadores.
Guitar Rig
A real intenção dos simuladores é: praticidade, objetividade e economia. É um software onde obtermos timbres característicos de excelentes amplificadores valvulados, podemos realmente chegar a sonoridades características de amplificadores reais (de quebra simulam também salas, gabinetes/falantes, microfones e posicionamento de microfones).
Ainda, existe uma fatia do mercado que não tem poder aquisitivo para adquirir um bom amplificador valvulado, devido ao alto custo de produção do mesmo, e está sendo plenamente satisfeita pelos fabricantes de simuladores de amplificadores, vez que o custo de um bom simulador agrada bolsos menos privilegiados.
Ainda, existe uma fatia do mercado que não tem poder aquisitivo para adquirir um bom amplificador valvulado, devido ao alto custo de produção do mesmo, e está sendo plenamente satisfeita pelos fabricantes de simuladores de amplificadores, vez que o custo de um bom simulador agrada bolsos menos privilegiados.
Que São Simuladores? Como Funcionam?
Zakk Wilde (o grande Zeka Selvagem) um dia afirmou: “Não há como reinventar a roda, ou seu som terá características de Marshall, de Fender ou de Mesa Boogie”.
O que ele quis dizer? Simples, existem três tipos de sonoridades básicas, um com características bem ‘limpas’ e cristalinas, estaladas e com leves níveis de saturação (nosso amigo Selvagem referia-se aos Fenders). Outra característica são os que tem um timbre “selvagem” (desculpem o trocadilho, mas Zeka Selvagem é demais), bons médios, ótimos agudos e com um volume estrondoso (aqui temos o Marshall JCM 800, um clássico). E uma terceira característica, são os que possuem linhas densas e pesadas, grandes níveis de médios obtidos pelos magníficos amplificadores High Gain (olha o Mesa Boogie aí), na mesma onda, temos os Laney, Soldano, Peavey etc.
POD XT
O Red bean, modelo ultrapassado, porém funcional.
Confira o vídeo abaixo, usei apenas o simulador de amplificador, não largo dos meus pedais analógicos.
O Red bean, modelo ultrapassado, porém funcional.
Confira o vídeo abaixo, usei apenas o simulador de amplificador, não largo dos meus pedais analógicos.
Sendo prático, amplificadores possuem certas e boas características, porém eles sempre trazem algo em comum, e não há pra onde escapar, afinal “Não há como reinventar a roda...”. Essa afirmação do Zakk escancara o segredo e as funções dos simuladores, eles trabalham através de equalização!
Os amplificadores são dissecados, analisados a fundo, e seus timbres e características são reproduzidos através de equalizadores. Bingo! E, de fato, é assim que os amplificadores (reais) trabalham.
Então... Os simuladores de amplificadores conseguem suprir a falta de um amplificador real?
Obviamente que sim. Coloquemos as cartas na mesa, eles (os simuladores) ainda não estão ao lado dos amplificadores reais, pois ainda preferimos levar ao palco nossos bons e velhos Fenders, Marshalls e Mesas ao invés de um notebook ou uma boa pedaleira (como a POD HD500 por exemplo), mas em estúdio os softwares estão enganando muita gente experiente. Quem, afinal, pode afirmar que no meio do ‘bolo’ (da música) certa base, riff ou solo foi gravada com simulador? Reforço minhas palavras de anos atrás: “Em alguns poucos anos, os simuladores de amplificadores chegarão a ser confundidos com seus respectivos modelos de amplificadores reais”. E este dia chegou.
Esclarecimento: existem certas coisas (no contexto da produção real do som) que são difíceis de simular. A ação das válvulas, um bom gabinete e um bom falante (apesar que a Line6 está arrasando nesses quesitos), feedback, aqueles harmônicos que não cansam de escapar em um bom valvulado, até mesmo o ar (onde o som viaja) entre o falante e o microfone. Enfim, qualquer circunstância pode, em via de regra, interferir positivamente (ou não) na produção real do som.
Usei, no vídeo abaixo, um POD XT, modelo já (a muito tempo) ultrapassado, mas que, sem dúvida, simula muito bem o som de um bom amplificador real.
Portanto pessoal, é de suma importância nos abrirmos a novas tendências, entender as possibilidades e onde a tecnologia poderá nos levar. Simulador de amplificadores? Realmente funcionam (e pra quem tem um home studio em um apartamento como eu, eles são realmente necessários).
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