1 - Guitarra + Amplificador.
Guitarras soam diferentes. Uma Stratocaster nunca soará como Les Paul, e nenhuma quantidade de processamento mudará isso. Se precisarmos da característica de uma Les Paul para determinada gravação, o melhor é termos uma por perto.
Guitarras soam diferentes. Uma Stratocaster nunca soará como Les Paul, e nenhuma quantidade de processamento mudará isso. Se precisarmos da característica de uma Les Paul para determinada gravação, o melhor é termos uma por perto.
Existem guitarras e amplificadores realmente versáteis. Em diversas situações de gravação, porém, forçando-os a soar o que não são, frustramos nossas expectativas.
Tanto um amplificador Fender Twin como um Vox AC30 são ótimos para timbres limpos, entretanto, possuem características totalmente diferentes. Usando apenas uma guitarra e um amplificador, teremos uma sonoridade apenas. Imagine uma harmonia (base), riffs e solos feitos pela mesma guitarra e mesmo amplificador em um mesmo trecho, em uma mesma música. A expressão “mais do mesmo” ganha força aqui, teremos a mesma gama de frequências características e nuances em todos os tracks. A mixagem vai dar trabalho.
É importante usarmos várias guitarras e vários amplificadores (sim, é um luxo!). A somatória dos timbres, distintos, em virtude de usarmos várias guitarras e vários amplificadores, resolverá a clareza final, “separando” naturalmente, bases, riffs e solos (o técnico que realizará o trabalho de mixagem, agradece).
2 - Sala + Acústica
O ambiente e a acústica (da sala) influenciam diretamente no posicionamento do amplificador (e microfones) para obtermos um resultado expressivo e satisfatório. Um amplificador grande deve estar longe das paredes e um pouco alto do chão. Um amplificador pequeno, pode sim ser usado, e, em via de regra, é mais fácil timbra-lo. Coloque-o em um canto, virado para a parede (simule uma sala menor), um tapete (ou edredom) pode ser colocado na frente do pequeno amplificador (entre o microfone e a parede).
Experimente, em estúdio não tenha medo de testar, não tenha pressa, demore o tempo que for necessário para encontrar a melhor posição do amplificador/microfone.
3 - Temperatura Ambiente + Cordas Novas
Assim que chegar no estúdio, exponha seu instrumento à temperatura da sala (certamente climatizada) onde você irá tocar. Não esqueça, a afinação dos instrumentos de madeira reagem às mudanças de temperatura.
Cordas novas são de fundamental importância numa gravação. Particularmente (cada louco com suas manias), dependendo da guitarra e da marca das cordas, tenho preferência pelo som “amanhecido” das cordas. Isto é, se a gravação é amanhã à noite, troco as cordas hoje (dependendo da guitarra e da marca das cordas, o som fica com um “estalado” exagerado, prefiro evitar).
4 - Microfonando.
A regra: ao microfonar o amplificador, note que, quanto mais ao centro do alto falante posicionarmos o microfone, mais agudo e ríspido será o som. Ao afastar do centro, indo em direção à borda do alto falante, mais suave e “fechado” será o som.
5 - Mais um track?
Tenha por costume dobrar as bases e solos, tocando o mais próximo possível do primeiro track gravado (faço isso com todas as bases e alguns solos). Abra o PAN (jogue o PAN do primeiro track totalmente para a esquerda e o PAN do novo track totalmente para a direita, ou vice-versa).
Dobrar não é duplicar, toque de novo, não copie e cole.
Lembre-se: experimente, seja criativo, mude a configuração do amplificador, dos captadores ou dos pedais no segundo track a ser gravado (quando dobro bases uso exatamente a mesma configuração, dobro para dar a sensação de “movimento” ao som, porém, quando dobro solos, gosto muito de fazer experimentos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário